quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Projeto UCA - Justificativa do Governo Federal


As políticas de inclusão digital no Brasil se estendem a várias frentes e a vários níveis governamentais e da sociedade organizada, com vistas a democratizar o acesso à informação. As políticas governamentais, contudo, devem alcançar uma escala e setoresda população que as iniciativas voluntárias e o mercado não conseguem alcançar. Para tanto, devem imprimir soluções criativas para aumentar o acesso à tecnologia da informação por todos cidadãos. Uma política para universalizar o acesso à informação deve ter como objetivo primordial a escola pública, vez que, esta é o único local que pode ser efetivamente alcançado pela maioria da população.
A proposta ao governo brasileiro do laptop de baixo custo, destinado ao uso educacional, apresentada pela OLPC (One laptop per child), uma organização não governamental, Intel e outros desenvolvedores de players de mercado, implicou no posicionamento orientativo de apropriação tecnológica, experimentação no contexto educacional e na decisão de implantação do Projeto Um Computador por Aluno (UCA) e de sua implementação em diferentes fases.
O projeto UCA foi iniciado em 2005. A partir deste ano foram realizadas visitas técnicas a experimentos de uso do laptop na educação em outros países, sucederam-se discussões em várias reuniões técnico-pedagógicas e fóruns ao longo do ano de 2005, 2006 e 2007, e foram desenvolvidos estudos em centros de pesquisa nacionais de validação e de viabilidade, sob diferentes perspectivas industriais, tecnológicas, econômicas e educacionais com computadores móveis de características especiais para a educação.
Os centros de pesquisas – Certi (Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), Cenpra (Centro de Pesquisas Renato Archer) e LSI/EP/USP (Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), em sua atribuição de análise e validação dos protótipos, explicitaram serem necessários, a priori de qualquer veredicto tecnológico, obter os requisitos de preenchimento pedagógicos e funcionais definidos pelo MEC.
Por sua vez, a Rede Nacional de Pesquisa - RNP, juntamente com seis Universidades (Federal Fluminense, Federal do Rio Grande do Sul, Federal da Amazônia, Federal da Paraíba, Universidade de Brasília e Universidade de São Paulo) desenvolvem estudos sobre a utilização de redes sem fio, wireless, mesh, onde cada um dos dispositivos cumprem a função de transmissão e recepção, permitindo o acesso ao conteúdo educacional e à Internet, utilizando-se da infra-estrutura da rede da escola. Este estudo estará definindo as necessidades de adequação das infra-estruturas das escolas contempladas para a plena utilização das soluções pesquisadas.
Além de tudo isso, foram implantados e estão em execução em cinco escolas públicas (uma cada localidade) de São Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí-RJ e Brasília experimentos para verificação dos requisitos funcionais e pedagógicos, envolvendo a realização direta de experiências, em andamento, educacionais e organizacionais comequipamentos móveis doados por fabricantes, de modo a embasar uma decisão definitiva do governo brasileiro de investir no desenvolvimento dessa tecnologia e posterior aplicação na mudança do paradigma da sala de aula.
A incorporação da inovação tecnológica na educação pública brasileira depende da especificação de prévios requisitos ou critérios que contemplem aspectos pedagógicos, tecnológicos e socioculturais fundamentados na realidade da escola pública – não poderia jamais ser uma transposição de uma cultura para outra em torno de uma solução tecnológica.
Para tanto, foi instituído pelo Ministério da Educação um Grupo de Trabalho de Assessoramento Pedagógico do Projeto UCA (GTUCA), responsável pelo estudo e definição de requisitos pedagógicos e funcionais. Esse grupo é formado por pesquisadores de renomado conhecimento na área de utilização das tecnologias de informação e comunicação nos processos de ensino e aprendizagem. O GTUCA já finalizou o documento Princípios orientadores para uso pedagógico do laptop escolar, bem como um plano de capacitação para implementação da fase dois do Projeto UCA. Encontra-se em discussão uma proposta de avaliação e acompanhamento do Projeto.
É impossível avançar numa solução nacional sem que sejam indicados os requisitos considerados importantes, a serem contemplados no Projeto UCA, tendo como finalidade a utilização intensiva pedagógica do laptop na educação pública e a ampliação da inclusão digital e social. É impossível, também, avançar sem a construção de parcerias e sem a adesão e a mobilização das instituições educacionais e da sociedade organizada para compreensão e o envolvimento neste Projeto.
São muitas as questões que estão sendo discutidas e que precisam ser esclarecidas, e em todos os momentos as questões pedagógicas e os enlaces das parcerias sobrelevam-se às demais. As variadas características que teriam o equipamento só serão relevantes se os usuários considerarem significativos à sua formação e às instituições e os agentes educacionais tiverem participação de qualidade nos objetivos e respectivos resultados.
É necessário que os professores desenvolvam atividades e projetos com os alunos. A escola, por sua vez, envolva os pais e a comunidade na consecução dos objetivos do ´projeto. Os alunos, em toda a sua autonomia, precisarão interagir com os colegas da escola, com os professores, com os especialistas. Muitas e muitas ações poderão ser empreendidas com o uso imersivo, a mobilidade e a conectividade característica do laptop educacional. A escola precisará ser um espaço de transformação social.
Obviamente variadas dimensões podem ou devem ser articuladas. Devem estar presentes as agências formadoras competentes e atenção dos especialistas na capacitação do professor e no processo de capacitação para incorporação do equipamento na educação pública, o que incluirá a capacitação das equipes das secretarias de educação e dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), e até de alunos que desejem e possam vir-a-ser alunos monitores.
O objetivo do projeto, na perspectiva educacional, não é de inovação tecnológica, mas de inovação no operandus didático-pedagógico que deverá se pautar na construção da autonomia, na inclusão e no respeito à diversidade. Só assim os princípios de fundo para orientar pedagogicamente o uso do laptop educacional poderão dinamizar os processos estruturais de mudança na educação e promover a universalização da cidadania digital, diante da possibilidade de incrementar um processo mais interativo de educação de aprendizagem em rede.
A decisão pela incorporação do laptop educacional à educação brasileira pende portanto para o lado pedagógico. Neste sentido, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação a Distância, juntamente com a Presidência da Republica, propôs a realização de uma reunião de trabalho, envolvendo a União Nacional de Dirigentes
Municipais de Educação – Undime, e o Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais - CONSED para apresentar esses estudos, e os requisitos para seleção das unidades escolares que irão participar de um grande processo de estudo de caso, ou seja, um projeto piloto de implementação dessa nova tecnologia, com a finalidade e apresentar resultados capazes de contribuir com uma proposta final de um artefato de baixo custo na categoria de um laptop, otimizável com as finalidades da educação brasileira, que, por sua vez, seja representativo do interesse nacional.
Fonte: Ministerio da Educação. Secretaria de Educação à Distância. Projeto Um computador por Aluno (UCA) - Reunião de Trabalho. Brasília-DF, 07 e 08 de novembro de 2007.

Encontro em Brasília

A decisão pela incorporação do laptop educacional à educação brasileira pende portanto para o lado pedagógico. Neste sentido, o Ministério da Educação, através da Secretaria de Educação a Distância, juntamente com a Presidência da Republica, propôs a realização de uma reunião de trabalho, envolvendo a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – Undime, e o Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais - CONSED para apresentar esses estudos, e os requisitos para seleção das unidades escolares que irão participar de um grande processo de estudo de caso, ou seja, um projeto piloto de implementação dessa nova tecnologia, com a finalidade e apresentar resultados capazes de contribuir com uma proposta final de um artefato de baixo custo na categoria de um laptop, otimizável com as finalidades da educação brasileira, que, por sua vez, seja representativo do interesse nacional.
Esse encontro aconteceu em Brasília nos dias 07 e 08 de novembro de 2007. Representando a Rede Municipal de Ensino de Florianópolis estavam presentes o Diretor da Escola Básica Municipal Vítor Miguel de Souza, Ricardo Paz e a Coordenadora do Núcleo de Tecnologia Educacional de Florianópolis, Luciana Bitencourt.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Primeiro encontro na EBM Vítor Miguel de Souza

Com o objetivo de informar e atualizar os profissionais da EBM Vítor Miguel de Souza sobre o Projeto UCA, foi realizada uma reunião nesta primeira semana do ano letivo. Participaram da Reunião professores, equipe pedagógica, diretor, assessora do DEF, Mônica da Luz Moreira, assessoras do NTE, Lucilia Collares Ipiranga, Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer e Luciana Bitencourt e o pesquisador da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI, Rafael.
Ao apresentar o projeto, Rafael foi explicando e esclarecendo para os professores os objetivos do projeto que gira
m em torno da: a) Revolução educacional (mudança de paradigma); b) Inclusão digital (permitir o uso das famílias) e c) adensamento da cadeia produtiva (promoção de empregos). E ainda, os aspectos técnicos da avaliação e indicação do equipamento (laptop) mais adequado ao trabalho educacional.
A última informação sobre a aquisição dos equipamentos é que esta foi cancelada devido ao custo que superou os $100 previstos para cada unidade.
Por isso é que os laptops ainda não estão na unidade escolar e, não há previsão imediata de uma nova licitação para a aquisição.

Alguns professores fizeram perguntas a respeito da segurança, da acessibilidade e utilização dos equipamentos.
Ao final da reunião foram propostos alguns encaminhamentos:
# Formar uma comissão que seja responsável por uma agenda de atividades – professores, equipe pedagógica, assessoras do DEF e NTE;
# Todos os envolvidos no projeto devem fazer parte de uma lista de discussão que será criada para toda a comunicação entre os participantes;
# Para um próximo encontro com a comissão o NTE já deve providenciar material
para leitura e reflexão sobre tecnologia/mídia/educação;

Conhecendo o projeto UCA

Em agosto de 2007, na II Semana das Mídias, o NTE promoveu junto com a Fundação CERTI, uma oficina com os protótipos de laptop com professores da Rede Municipal de Educação e uma conversa sobre o projeto UCA com a Profª Drª Léa Fagundes, Coordenadora Pedagógica do LEC/UFRGS, José Luiz Aquino, representante da Presidência da República, Mauro Moura, representante do Ministério da Educação, José Lacerda, representante da Fundação CERTI e Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, Secretário de Educação da Prefeitura Municipal de Florianópolis.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O Projeto UCA – um computador por aluno é um investimento da Presidência da República, por intermédio da assessoria do MEC/SEED, cujo principal objetivo é o de promover a inclusão digital por intermédio da escola pública.

As ações para a execução do projeto estão inseridas em um contexto amplo de políticas públicas em educação e tecnologia, no qual são levados em conta os Parâmetros Curriculares Nacionais e promove a articulação com governos locais (estaduais e municipais) por intermédio das Secretarias de Educação. Articula ainda, programas e projetos do MEC como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), Programa TV Escola, Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, Programa Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED), Projeto de Informática na educação Especial (PROINESP), Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), Pró-Licenciatura, Proformaçao, Universidade Aberta do Brasil (UAB), Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Pro-Jovem) e Projeto Cidadão Conectado – Computador para todos.

A base educacional que fundamenta o projeto está firmada na construção do conhecimento, nos conteúdos, o aluno como (co) autor e aprendiz ativo, aprendizagem significativa, saberes compartilhados, ambiente de cooperação e colaboração, múltiplas linguagens midiáticas. Articulados ainda, junto a esta fundamentação estão os conceitos como mobilidade, conectividade, acessibilidade, interatividade e inclusão digital da família.

No decorrer do ano de 2007 foram testados seis pilotos nas cidades de: Brasília/ DF, Palmas/TO, Piraí/RJ, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP, Tiradentes/MG. Com o objetivo de fazer as adequações necessárias de equipamento, usabilidade, software, metodologia.

Em 2008, que será a segunda parte do projeto está prevista a distribuição de laptops para 300 escolas municipais por todo o país, dentre elas está contemplada a Escola Básica Municipal Vitor Miguel de Souza, que atende 390 alunos e está localizada do bairro do Itacorubi. A escola receberá um computador para cada aluno e para cada educador que lá trabalhe.